Jaco Pastorius (John Francis Anthony Pastorius III, 1951-1987) foi um baixista de jazz. É considerado por muitos como um dos mais influentes baixistas de todos os tempos.
John Francis Anthony Pastorius III veio ao mundo no primeiro dia de Dezembro do ano de 1951.
Primeiro dos três filhos do casal John Francis Pastorius II, que era baterista e Stephanie Katherine Haapala, nasceu na verdade, ao contrário do que se divulga, no estado da Pensilvânia.
História Geral
Ainda muito jovem, entretanto, mudou-se para Fort Lauderdale, na Florida. Entre outras curiosidades não muito conhecidas, Pastorius foi coroinha no Colégio Católico St. Clement, em Wilton Manors, cidade próxima de Fort Lauderdale, dentro do condado de Broward.
O apelido “Jaco” tem origem na sua ligação com o desporto. Como o apelido do seu pai era Jack, começaram a chamar-lhe Jacko, em referência ao lendário jogador de basebol, Jocko Colon. Quando o pianista francês Alex Darqui escreveu um recado para Pastorius, utilizou a grafia JACO. Pastorius gostou então dessa forma de soletrar seu apelido e adotpou-o a partir de então: JACO.
Além de seguir os passos do seu pai como baterista, Pastorius era fã de desporto, e jogava basebol, basquetebol e futebol americano desde jovem. Numa partida de futebol americano, sofreu um acidente onde fracturou o pulso esquerdo, comprometendo a sua agilidade como baterista. Nessa altura, tocava bateria no conjunto Las Olas Brass. Todos nós, baixistas, devemos agradecer ao senhor David Neubauer, então baixista dos Las Olas, por ter saído do grupo e permitir que Pastorius assumisse sua posição, por volta de 1970. Os Las Olas brass faziam covers de Aretha Franklin, Otis Redding, Wilson Pickett, James Brown.
Segundo as próprias palavras de Pastorius, as suas principais influências musicais foram: ” James Brown, The Beatles, Miles Davis, and Stravinsky, nessa ordem.” Além desses, Jaco cita outros nomes como Jerry Jemmott, James Jamerson, Paul Chambers, Harvey Brooks, Tonny Bennet, Sinatra, Duke Ellington, Charlie Parker, e cita com especial atenção o nome de Lucas Cottle, um desconhecido baixista neozelandês que tem algumas gravações ao lado de Pastorius.
Em 1974, começou a tocar com Pat Metheny, hoje uma lenda viva da guitarra. Em 1976, Jaco gravou seu primeiro CD, produzido pela Columby Productions - Epic, instantaneamente reconhecido como um clássico no cenário jazzístico da época. Foi então convidado a fazer parte dos Weather Report, onde gravou em 1977 o incrível álbum Heavy Weather.
Ainda em 1976, Jaco gravou o CD Bright Size Life, disco de estreia de Pat Metheny, considerado “marco zero” na história do jazz fusion. De 1976 é também o álbum Hejira, da cantora e compositora Joni Mitchell, com Jaco numa excepcional performance.
No início da década de 80, Jaco aprofundou-se num projecto solo, acompanhado de metais. O desejo de conduzir uma big band com as linhas de baixo, deu origem a banda Word of Mouth, que lançou em 1981 um disco homónimo, distribuído pela Warner. O disco teve sucesso de costa a costa dos Estados Unidos, com performances virtuosas de Herbie Hancock, Wayne Shorter e Peter Erskine.
O ano de 1984 marca o início do declínio desse génio dos graves, e após a dissolução da Word of Mouth, pela Warner, Jaco produz o material de Holiday for Pans, juntamente com Othelo Molineaux (steel drums), disco que não chegou a ser lançado, pois não conseguiu contrato com nenhuma editora. Os originais foram roubados e recuperados posteriormente, mas o material já não pode ser totalmente aproveitado. Um excerto de Holiday for Pans, renomeado de Good Morning Anya, foi incorporado a colectânea Jaco Anthology Punk Jazz, lançada pela Rhino Records, em 2003.
Jaco utilizava baixos Fender Jazz Bass 62. Os seus dois baixos foram roubados em 1986, e nunca foram recuperados. Para algumas faixas, utilizava um efeito “flanger”. Utilizava bastante alternância entre os pickups da ponte e do braço, equilibrando o timbre que desejava utilizar. Certo dia, Jaco resolveu arrancar os trastes de seu baixo elétrico. Não inventou o baixo fretless (ampeg aub 1 1966) mas foi o primeiro a tocar com a precisão de um violoncelista, inovando a técnica e ampliando as possibilidades. Ou, como disse um crítico, trouxe maturidade ao instrumento.
Na metade da década de 80, Pastorius começou a apresentar problemas mentais, e sintomas de distúrbio bipolar, síndrome de pânico e depressão, relacionada com o uso excessivo de drogas e álcool. O seu comportamento era exagerado e excêntrico, para não dizer bizarro. Certa vez, quando se apresentava em Tóquio, foi visto completamente nu e aos gritos sobre uma moto em alta velocidade. As suas performances como instrumentista também mudaram, o seu gosto pelo excentricidade e pelas dissonâncias tornou-se exagerado e de certa forma incompreensível. Jaco passou a tocar em clubes de jazz em Nova York e na Flórida, transformado-se na “ovelha negra” do meio musical-jazzístico da época.
O trágico fim de John Francis Anthony Pastorius III inicia-se a 11 de Setembro de 1987. Após um concerto de Carlos Santana, dirige-se ao Midnight Bottle Club, em Wilton Manors, Florida. Após ter um comportamento exibicionista e arrogante, envolve-se numa briga com o gerente do clube, Luc Havan. Como resultado da briga, sofre um traumatismo craniano e fica em coma dez dias, sendo depois retirados as máquinas que o mantinham vivo,tendo o seu coração ainda batido por mais três horas. A morte do mais ilustre contrabaixista de todos os tempos deu-se a 21 de Setembro de 1987, aos 36 anos e dez semanas. Foi sepultado no cemitério Queen of Heaven, em North Lauderdale.
Mas o legado de Jaco perdura por gerações, e assim será para sempre. Uma das maiores homenagens a si prestadas, foi registada pelo lendário trompetista Miles Davis, que gravou a música Mr. Pastorius, composição do baixista Marcus Miller, lançada no álbum Amandla.
John Francis Anthony Pastorius III veio ao mundo no primeiro dia de Dezembro do ano de 1951.
Primeiro dos três filhos do casal John Francis Pastorius II, que era baterista e Stephanie Katherine Haapala, nasceu na verdade, ao contrário do que se divulga, no estado da Pensilvânia.
História Geral
Ainda muito jovem, entretanto, mudou-se para Fort Lauderdale, na Florida. Entre outras curiosidades não muito conhecidas, Pastorius foi coroinha no Colégio Católico St. Clement, em Wilton Manors, cidade próxima de Fort Lauderdale, dentro do condado de Broward.
O apelido “Jaco” tem origem na sua ligação com o desporto. Como o apelido do seu pai era Jack, começaram a chamar-lhe Jacko, em referência ao lendário jogador de basebol, Jocko Colon. Quando o pianista francês Alex Darqui escreveu um recado para Pastorius, utilizou a grafia JACO. Pastorius gostou então dessa forma de soletrar seu apelido e adotpou-o a partir de então: JACO.
Além de seguir os passos do seu pai como baterista, Pastorius era fã de desporto, e jogava basebol, basquetebol e futebol americano desde jovem. Numa partida de futebol americano, sofreu um acidente onde fracturou o pulso esquerdo, comprometendo a sua agilidade como baterista. Nessa altura, tocava bateria no conjunto Las Olas Brass. Todos nós, baixistas, devemos agradecer ao senhor David Neubauer, então baixista dos Las Olas, por ter saído do grupo e permitir que Pastorius assumisse sua posição, por volta de 1970. Os Las Olas brass faziam covers de Aretha Franklin, Otis Redding, Wilson Pickett, James Brown.
Segundo as próprias palavras de Pastorius, as suas principais influências musicais foram: ” James Brown, The Beatles, Miles Davis, and Stravinsky, nessa ordem.” Além desses, Jaco cita outros nomes como Jerry Jemmott, James Jamerson, Paul Chambers, Harvey Brooks, Tonny Bennet, Sinatra, Duke Ellington, Charlie Parker, e cita com especial atenção o nome de Lucas Cottle, um desconhecido baixista neozelandês que tem algumas gravações ao lado de Pastorius.
Em 1974, começou a tocar com Pat Metheny, hoje uma lenda viva da guitarra. Em 1976, Jaco gravou seu primeiro CD, produzido pela Columby Productions - Epic, instantaneamente reconhecido como um clássico no cenário jazzístico da época. Foi então convidado a fazer parte dos Weather Report, onde gravou em 1977 o incrível álbum Heavy Weather.
Ainda em 1976, Jaco gravou o CD Bright Size Life, disco de estreia de Pat Metheny, considerado “marco zero” na história do jazz fusion. De 1976 é também o álbum Hejira, da cantora e compositora Joni Mitchell, com Jaco numa excepcional performance.
No início da década de 80, Jaco aprofundou-se num projecto solo, acompanhado de metais. O desejo de conduzir uma big band com as linhas de baixo, deu origem a banda Word of Mouth, que lançou em 1981 um disco homónimo, distribuído pela Warner. O disco teve sucesso de costa a costa dos Estados Unidos, com performances virtuosas de Herbie Hancock, Wayne Shorter e Peter Erskine.
O ano de 1984 marca o início do declínio desse génio dos graves, e após a dissolução da Word of Mouth, pela Warner, Jaco produz o material de Holiday for Pans, juntamente com Othelo Molineaux (steel drums), disco que não chegou a ser lançado, pois não conseguiu contrato com nenhuma editora. Os originais foram roubados e recuperados posteriormente, mas o material já não pode ser totalmente aproveitado. Um excerto de Holiday for Pans, renomeado de Good Morning Anya, foi incorporado a colectânea Jaco Anthology Punk Jazz, lançada pela Rhino Records, em 2003.
Jaco utilizava baixos Fender Jazz Bass 62. Os seus dois baixos foram roubados em 1986, e nunca foram recuperados. Para algumas faixas, utilizava um efeito “flanger”. Utilizava bastante alternância entre os pickups da ponte e do braço, equilibrando o timbre que desejava utilizar. Certo dia, Jaco resolveu arrancar os trastes de seu baixo elétrico. Não inventou o baixo fretless (ampeg aub 1 1966) mas foi o primeiro a tocar com a precisão de um violoncelista, inovando a técnica e ampliando as possibilidades. Ou, como disse um crítico, trouxe maturidade ao instrumento.
Na metade da década de 80, Pastorius começou a apresentar problemas mentais, e sintomas de distúrbio bipolar, síndrome de pânico e depressão, relacionada com o uso excessivo de drogas e álcool. O seu comportamento era exagerado e excêntrico, para não dizer bizarro. Certa vez, quando se apresentava em Tóquio, foi visto completamente nu e aos gritos sobre uma moto em alta velocidade. As suas performances como instrumentista também mudaram, o seu gosto pelo excentricidade e pelas dissonâncias tornou-se exagerado e de certa forma incompreensível. Jaco passou a tocar em clubes de jazz em Nova York e na Flórida, transformado-se na “ovelha negra” do meio musical-jazzístico da época.
O trágico fim de John Francis Anthony Pastorius III inicia-se a 11 de Setembro de 1987. Após um concerto de Carlos Santana, dirige-se ao Midnight Bottle Club, em Wilton Manors, Florida. Após ter um comportamento exibicionista e arrogante, envolve-se numa briga com o gerente do clube, Luc Havan. Como resultado da briga, sofre um traumatismo craniano e fica em coma dez dias, sendo depois retirados as máquinas que o mantinham vivo,tendo o seu coração ainda batido por mais três horas. A morte do mais ilustre contrabaixista de todos os tempos deu-se a 21 de Setembro de 1987, aos 36 anos e dez semanas. Foi sepultado no cemitério Queen of Heaven, em North Lauderdale.
Mas o legado de Jaco perdura por gerações, e assim será para sempre. Uma das maiores homenagens a si prestadas, foi registada pelo lendário trompetista Miles Davis, que gravou a música Mr. Pastorius, composição do baixista Marcus Miller, lançada no álbum Amandla.
Videos:
http://www.youtube.com/watch?v=Z0SPttqD2JE